A carta sem destino.





        As cartas a seguir são reais ...  
    Era uma vez... Alguém, que escreveu em uma folha de papel, em um dia qualquer... por algum motivo, essa pessoa esqueceu a folha no banco da praça, e um outro alguém a encontrou. 
Era uma carta, dizendo coisas, sem explicar nada, parecia a folha de um diário...
        
       "Alguém está lendo isso?
    As vezes quando vejo como o mundo anda, queria ter o poder de parar no tempo e consertar todas as coisas erradas, mas não posso. 
  E quando vejo as lagrimas no rosto das criança, tenho vontade de chorar também.
  Eu só escrevo quando estou para baixo, pois meus pensamentos me levam para muito, muito longe. E muito, muito longe quero ficar.
  Eu só queria os ver sorrindo, e sei que verei. Mas para isso eu preciso, parar de estragar tudo. Tem algo errado comigo. 
  Eu só escrevo quando estou mau, e faço perguntas sem sentido algum. Mas um dia meus textos serão mais e mais alegres. Eu tenho esperança, mas me sinto a pior em tudo que faço, sei que sou uma má escritora, mas eu não me importo mais... por que meus textos não são para você, são para mim mesma."

          Esse alguém que encontrou a folha no banco da praça, escreveu uma carta, e deixou no banco, esperando que alguém a encontra-se. 
            "Como começar uma história que tem final infeliz... Bom não só um final... Como todas as histórias eu vou começar essa pelo começo... May-Bell nasceu no dia 16/10/97, prematura os pais dela não queriam mais um filho, pois já tinham dois filhos, mas mesmo assim abriram os seus corações e casa para ela... Desde o começo não foi fácil para os pais de May-Bell, que descobriram que a menina era doente... Ela era fraca, tinha problemas nos pulmões e no coração, mas mesmo assim May-Bell conseguiu crescer, mas quando completou 5 anos ganhou uma péssima notícia, ela era uma criança destinada a viver em hospitais... Com muito tratamento ela conseguia viver,  mas bem dentro dela tinha um vazio, que ao decorrer dos anos ela aprendeu a preenche-lo, primeiro veio a comida, já que ela tinha problemas de saúde ficava difícil para ela praticar exercícios, e ela foi engordando, os médicos só a criticavam e os pais... Os pais tinham vergonha dela... Ao passar dos anos May- Bell foi achando novas formas de preencher o vazio dentro dela, uma dessas formas foi a automutilação, que começou aos 11 anos, ela nunca quis tirar a própria vida, ela só queria ser compreendida, coisa que nunca aconteceu... Depois de 7 anos de sofrimento ela desistiu dar um fim. E foi quando ela pediu ajuda e está aqui escrevendo à você...
     Por mais difícil que pareça a caminhada da vida, nunca desista, sempre terá alguém para lhe ajudar" 
        E em poucos dias varias pessoas estavam fazendo o mesmo... E quem recolhia as carta? No começo eram pessoas diferente umas das outras, mas depois de um tempo, um senhor de rua e seu cachorro (dois azarados unidos pelo destino) passaram a ler as cartas... E as guarda-las... 
   " Em um belo dia, uma pessoa descobre que a onde ela está é o melhor para ela, mas de repente ela olha em volta e vê que alguém (que esta muito longe dela) resolve mudar a história e colocar um ponto final. Se a gente soube-se que nem tudo é como a gente sonha, nós íamos nos perguntar "porque nascemos se não a nossa história como a gente quer?". 
    Para que ter um amanhã se sabemos que não vai ser igual aquele que a nós sonhamos que aconteça.  Mas eu tenho certeza que um dia aquela pessoa que te tirou daquele lugar vai perceber que o lugar dela é do lado daquela peça que nunca deveria ter saído do lugar da onde sempre esteve." 
  - O que você acha disso Azarado? - o velho de rua perguntou ao cachorro, o cachorro apenas o olhou sonolento - Eu acho que ela não é daqui não... - No dia seguinte mais uma carta chega... 
       " Eu não sei o que é 
         Mas está dentro de mim 
         Me faz pensar em você 
         No seu jeito de ser. 
                                         
         Eu sei que é tolice
         Mas não acredito que seja...
         Porquê para você não é. 
                                                  
         Mas eu vou lutar 
         Para que o meu sangue seja doce como o seu 
         Quando você achar que vai cair 
         Eu vou te segurar 
         Para te provar o que eu sinto 
         Para que o meu sangue seja doce como o seu  
                                                                     
         Mas quando anoitecer 
         Eu vou te amar  
         Para você não ser tão triste 
         Nem tão só  
         Então a água vira vinho 
         E o meu sangue se tornar doce 
         Igual ao seu... "  
   - Você viu isso? É uma música... Quem deixa uma música no banco de uma praça? Aposto que era um homem... Tem jeito de homem, não tem? - o cachorro latiu. - Eu sei o que digo...  

continua...





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